Hormônio Anti-Mulleriano: Equilíbrio para Saúde Reprodutiva Feminina

Desenho do órgão reprodutor femino (útero e ovário) feito de recorte como fosse montado em papel

O hormônio anti-mulleriano (HAM), também conhecido como AMH, é secretado a partir das células da granulosa dos folículos ovarianos (estruturas multicelulares que contém o óvulo no seu interior). O exame Anti-Mulleriano revela a “reserva ovariana”, um indicador vital da fertilidade da mulher, oferecendo uma estimativa da quantidade de óvulos que a mulher ainda possui.

O termo “reserva ovariana”, trata sobre o número dos ovócitos remanescentes nos ovários. O hormônio Anti-Mulleriano indica a quantidade de óvulos, e não necessariamente a qualidade deles. Além do HAM, há outros testes atuais para estimar a reserva ovariana que incluem marcadores hormonais (FSH, estradiol, inibina B) e marcadores ultrassonográficos (contagem de folículos antrais e medida do volume ovariano). Sobretudo, esses testes refletem direta ou indiretamente a quantidade de folículos restantes: ter o indicativo baixo não quer dizer que a mulher não possa engravidar.

Na puberdade, uma mulher apresenta cerca de 100 mil oócitos. Quando atinge aproximadamente os 40 anos de idade, a quantidade de óvulos diminui para menos de 10 mil. Já na menopausa, o corpo não possui mais óvulos.

Contudo, níveis baixos do HAM não produzem sintomas, mas existem alguns indicadores que despertam alertas, entre eles, destacam-se os ciclos menstruais irregulares: mais curtos ou mais longos do que os normais de cada mulher. Além disso, alterações na menstruação, como, a quantidade do fluxo sanguíneo, duração da menstruação e a menopausa precoce são outros sinais que merecem atenção.

Importância do HAM na fertilidade:

  • Níveis baixos de HAM podem indicar uma reserva ovariana diminuída, a princípio impactando a chance de gravidez;
  • O HAM é um importante indicador para técnicas de reprodução assistida, ajudando na escolha do tratamento mais adequado.

Exame de HAM:

  • Através do teste de sangue simples e rápido;
  • Níveis de HAM variam de acordo com a idade, genética e outros fatores;
  • A interpretação dos resultados deve ser feita por um médico especialista.

Níveis de AMH:

Os níveis de AMH são medidos pelos provedores em nanogramas por mililitro (ng/mL). Os especialistas debatem como definir os níveis típicos de AMH, entretanto, estes são intervalos gerais:

  • Média: Entre 1.0 ng/mL a 3.0 ng/mL.
  • Baixo: Menos de 1.0 ng/mL.
  • Muito baixo: 0.4ng/ml.

Compreendendo os resultados do exame de HAM:

  • Níveis altos podem indicar SOP ou tumores ovarianos;
  • Níveis baixos podem estar associados à menopausa precoce, reserva ovariana diminuída ou infertilidade.

Fatores que influenciam o HAM:

  • Idade: Níveis diminuem naturalmente com o envelhecimento;
  • Doenças ovarianas, como SOP e endometriose;
  • Cirurgias ovarianas;
  • Tabagismo.

Aplicações clínicas do HAM:

  • Avaliação da fertilidade feminina;
  • Planejamento reprodutivo;
  • Seleção de protocolos de fertilização in vitro (FIV);
  • Monitoramento de pacientes com SOP;
  • Diagnóstico de tumores ovarianos.

Tratamentos disponíveis para níveis baixos de AMH

Os tratamentos, em princípio, podem incluir medicamentos para fertilidade para estimular os ovários, fertilização in vitro com ou sem óvulos de doadores, mudanças no estilo de vida para melhorar a saúde geral e suplementos para melhorar potencialmente a qualidade dos óvulos.

Antes de mais nada, é importante ressaltar que o HAM não é o único fator determinante da fertilidade. Outros aspectos como idade, saúde geral e estilo de vida também influenciam.

Lembre-se, o HAM é uma ferramenta importante para avaliação da fertilidade feminina, mas não deve ser interpretado isoladamente. Dessa maneira, converse com seu médico para obter um diagnóstico preciso e personalizado do seu exame de HAM e discutir as melhores opções para sua saúde reprodutiva.

Para quem é da região de Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, é possível realizar o exame Anti-Mulleriano no Widal Pacheco dirigindo diretamente em alguma de nossas unidades, ou ainda, adquirindo previamente pelo site por um valor mais acessível. Não é necessário o pedido médico. Compre agora, clique aqui.

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¹ Síndrome do ovário policístico

Referências:

ROSA E SILVA, Ana Carolina, NÁCUL, A. P., CARVALHO, B. R. Reserva Ovariana – quando e como investigar?. in Febrasgo.  Disponível em: https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/390-reserva-ovariana-quando-e-como-investigar . Acesso em mar. 2024

FIV e reserva ovariana: maximizando o sucesso com baixo AMH. Disponível em: https://ivfturkey.com/pt/ivf-and-ovarian-reserve-maximizing-success-with-low-amh . Acesso em mar. 2024

Visser JA, De Jong FH, Laven JS, Themmen AP. Anti-Müllerian hormone: a new marker for ovarian function. https://rep.bioscientifica.com/view/journals/rep/131/1/1310001.xml . Acesso em mar. 2024

GASPARIN, A. et al. Hormônio anti-Mülleriano como preditor de reserva ovariana em pacientes lúpicas: uma revisão. Revista Brasileira de. Reumatologia, São Paulo, 55 (4), Jul-Aug, 2015

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